2017-08-20

"PREMONIÇÃO"...

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Os mais antigos dicionaristas descreviam a premonição como “pressentimento, aviso, advertência”.Menino olhando em buraco na parede

De fato, tais estados d’alma de certas pessoas, por vezes, aconteciam e acontecem. Por exemplo, quando alguém, como por uma espécie de “comunicação telepática”, diz: “Fulano vai me telefonar”, e, em seguida, toca o telefone e o fato ocorre.

Igualmente, se a mãe, distante do filho, afirma que algo sério parece estar acontecendo ao seu rebento e, instantes depois, recebe a notícia de eventual acidente, prisão, internação ou morte do mesmo, tem-se concretizado aquele pressentimento.

Não há dúvidas de que, nesses casos, também se configura a premonição, como uma espécie de comunicação de um espírito amigo ou familiar, fazendo conexão mental e, em silêncio, possibilitando um aviso em pensamento. Já os novos filólogos, em regra, definem a premonição como “sensação antecipada do que vai acontecer” e falam de sonho premonitório, que adverte, com antecipação, sobre algo que pode acontecer.

Em geral, as pessoas dotadas da mediunidade premonitória ou de premonição, com percepções extrassensoriais, não têm essa capacidade em razão do seu livre-arbítrio, de sua vontade, a tal ponto que não podem afirmar, com segurança, que irão adivinhar os fatos futuros ou saber, por antecipação, dos acontecimentos que virão no amanhã.

Há várias classificações para a premonição, matéria que tem sido objeto de estudos da psicologia, da parapsicologia e das ciências afins, e – mais amiúde – dos pesquisadores da Doutrina Espírita, como, por exemplo, Charles Richet, Joseph Rhine, Ernesto Bozzano, Herculano Pires e outros. A mediunidade de premonição pode se classificar como de efeitos inteligentes, até envolvendo a telepatia.

Na Bíblia, há registros de mediunidade premonitória, quando são analisadas algumas profecias, observando-se aqueles profetas com faculdades mediúnicas de antever fatos futuros que se concretizaram, do que é exemplo o anúncio da vinda do Messias, do nascimento de Jesus Nazareno, bem como de guerras e agruras pelas quais os seres humanos passariam, como passaram.

Evidentemente, a doutrina dos Espíritos, uma vez revelada, e codificada, para conhecimento de todos, pelo pedagogo Allan Kardec, em suas obras básicas do Espiritismo, traria, como trouxe, uma visão mais acentuada sobre a premonição, ao descrever os vários modos pelos quais a mediunidade individual se manifesta.

Aliás, previu Allan Kardec que a reconstituição da história humana seria feita pelos seus próprios personagens, por meio da comunicação dos Espíritos, e inúmeras têm sido as obras sérias psicografadas por médiuns insuspeitos e dedicados. De fato, as manifestações dos Espíritos com o mundo visível, no qual nos encontramos, podem ocorrer de modo oculto, sugerindo ideais; de modo patente, registrando efeitos para os sentidos; de modo espontâneo, de improviso, a pessoas estranhas ao Espiritismo; e de modo provocado, por influências dos médiuns devidamente preparados e com faculdades especiais.

Entretanto, quando alguém espontaneamente se diz dotado da mediunidade de premonição, apresentando-se como “adivinhão”, em regra, se acha sob o fascínio de Espíritos zombeteiros, em processo de obsessão, enleado por entidades negativas. Nesses casos, não se pode falar de falha da mediunidade, mas em vício do médium fascinado.

Em “O Livro dos Médiuns”, Allan Kardec explica do perigo, que não existe no Espiritismo, mas no orgulho e na prepotência de certos médiuns que se consideram, levianamente, instrumentos exclusivos dos Espíritos Superiores, numa espécie de fascinação que não lhes permite compreender as tolices de que são intérpretes. Eles mentem. Por isso, deve-se observar que premonição, como mediunidade de tarefa, (nem sempre consciente), dos que recebem informações ou visões de interesse geral, transmitidas por Espíritos amigos ou familiares, não deve se prestar a gracejos ou zombarias, nem a satisfação egoística.

Se, por um lado, como espíritas, sabemos da existência de entidades obtusas ou más, com as quais, por imprecaução (esquecimento de “orar e vigiar”), nos afinamos, por vícios de nossa parte, ainda assim, somos capazes de conhecer, por outro lado, que existe para cada ser humano um Espírito Protetor, também chamado de anjo da guarda. É ele que, em determinados instantes, nos avisa do que possa acontecer: essa premonição, esse pressentimento oportuno, em regra, pode ser uma benfazeja advertência dessa entidade protetora ou de um Espírito familiar a nos ajudar.

Em suma, podemos deduzir que a premonição é uma forma especial de mediunidade que permite ao ser humano iluminado, sem consciência e certeza, mas com tarefas definidas, de saber das coisas, por via de avisos sutis de Espíritos amigos, anjos guardiões ou familiares desencarnados e amorosos, antes que elas aconteçam.

Fonte: Radioboanova

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