Um blog de renovação em todos os temas inerentes à consciência de cada um, cujo objetivo é a divulgação das mensagens canalizadas vinda dos mestres ascencionados, irmãos de luz, do comando Asthar Sheran, para propagação da conciência da energia crística, da lei do amor entre todos. Vamos à verdadeira liberdade, à NOVA ERA, aos NOVOS TEMPOS!
2010-12-18
DA LAGARTA A BORBOLETA.
DA LAGARTA À BORBOLETA
Huberto Rohden
Quando a consciência do Infinito se torna maior do que a consciência do finito, estamos na iniciação e quando a consciência do Infinito se torna muito mais expandida do que a consciência do finito, então temos a autorealização.
Vamos usar a poesia da natureza para esclarecer melhor esta idéia da iniciação e autorealização. Vamos tomar, por exemplo, a Lagarta e a Borboleta.
A lagarta destrói os nossos jardins, as nossas árvores, comendo folhas diuturnamente. A lagarta é como um tubo digestivo com uma boca e nada mais. Ela é todo estomago: come, evacua e pronto!
A lagarta come durante algumas semanas, de repente, ela passa a não comer mais, suspende toda a alimentação, fica num estado de silêncio, como se estivesse doente, como se fosse morrer. Ela faz um jejum no final do período. Depois ela vai para um local sossegado… e logo já não é mais lagarta! Aparece outra coisa que nós chamamos de Crisálida.
Depois de algumas semanas, para nossa surpresa, nem a lagarta e nem a crisálida estão lá. O que é que está lá? Uma linda borboleta!
Quer ser maravilhoso que é uma borboleta! A borboleta não é nada parecida com uma lagarta. Possuí um corpo belo e esbelto, quatro asas maravilhosamente desenhadas, seis perninhas fininhas como uma agulha… a lagarta não tempernas, tem uns “toquinhos” para se agarrar.
A borboleta possui dois olhos hemisféricos. Cada um desses olhos possui seis mil facetas visuais, num total de doze mil olhos. Ela não pode mover os olhos como nós, mas ela vê de todos os lados ao mesmo tempo.
A borboleta, ao contrário da lagarta, não come quase nada… Ela só bebe uma gotinha de néctar extraída com sua lingüinha espiral do fundo do cálice da flor. Ela suga um pouquinho de néctar e sai voando, voando… Livre pelos ares. Ela não come nada, não destrói nada, não fazem mal a ninguém.
Podemos nos perguntar: Como que algo tão maravilhoso como uma borboleta, pode sair de algo tão pequeno, tão feio, rastejante, sem asas e comilona como uma lagarta?
O mistério está na crisálida!
Ovo, lagarta, crisálida e borboleta… Que belo e misterioso processo!
A lagarta morre, vira crisálida, a crisálida arrebenta pelas costas e finalmente, sai a borboleta, com suas asas todas úmidas e embrulhadinhas! Depois que as asas secam ao sol, a borboleta está pronta para voar! Essa maravilhosa transformação ocorre dentro do mistério da crisálida, onde tudo está fechado, sem nenhuma porta, sem janelas, um local silencioso que mais parece um laboratório, coberto por uma camada que parece matéria plástica chamada quitina. A quitina é uma espécie de celofane que a natureza criou. Quando olhamos para a crisálida, parece que ali não está ocorrendo nada… Silenciosa por fora e numa atividade tremenda por dentro! Dia e noite por semanas inteiras…
Quem está trabalhando ali dentro?
A vida… O principio vital do ovo passou para a lagarta, que passou para dentro da crisálida, que passará para a borboleta… Podemos dizer que o principio vital é a alma da borboleta. É uma alma em quatro corpos…
Este é um símbolo maravilhoso para a evolução da alma!
No princípio, todos nós somos parecidos com uma lagarta. O homem profano, materialista, que só se preocupa com as coisas do corpo, que só pensa em comer, comer e divertir-se, que não possui ainda nenhuma consciência de que possui a alma é o que podemos chamar de estado da lagarta. A lagarta é o símbolo do homem profano: ele não tem nenhuma consciência da sua alma e vive no mundo da horizontalidade. A lagarta não sabe nada de que vai ser uma borboleta, ela só quer comer, digerir, é o homem materialista. O grosso da humanidade ainda está no estágio de lagarta. A lagarta é o homem ego que não possui nenhuma consciência de sua alma, do seu eu, da sua realidade espiritual e que vive somente paras as coisas materiais e para a satisfação dos seus instintos degenerados. Alguns deles deixam de ser lagarta, mas não são muitos – a maioria morre como lagarta, nem mesmo chegando ao estado de crisálida.
Quando é que o homem deixa de ser lagarta e passa a ser crisálida?
É quando depois de muito tempo como lagarta, passa a sentir uma inquietude interna que o chama a ser outra coisa. A lagarta, no fim de sua vida, passa a ter um pressentimento de que está na hora de terminar a sua atual maneira de viver como lagarta. Então ela vai a direção à morte, morre como lagarta, se transforma num pequeno ataúde, algo parecido como um esquife, joga fora a sua pele de lagarta, fecha-se ao redor de si, se enclausura como num tipo de meditação.
Quando fazemos meditação, não olhamos para fora da janela, ficamos num local com as portas fechadas, com as luzes apagadas e em estado de profundo silêncio. Muitos, por ainda estarem no estágio final da lagarta, ainda não são capazes de fazer meia hora de profundo silêncio físico, mental e emocional. Somente quando se transformam em 100% crisálida é que conseguem fazer este silêncio absoluto e imobilidade completa. Você nunca vê uma crisálida fazendo barulho ou movimento. Não: ela está ensimesmada, completamente concentrada dentro de si num pequeno espaço…
E o que é que nós fazemos quando estamos em estado de crisálida, isto é, em estado de meditação? Não fazemos nada? Não… Fazemos muita coisa! Não fazemos nada por fora, mas fazemos muito por dentro. A meditação não é um estado de passividade, é um estado de tremenda atividade sem ruído e movimento. Muitos pensam que atividade é correr de lá para cá, fazer barulho… Isso não é atividade, isso é afobação.
Atividade dinâmica é aquela que não se manifesta por fora, mas se realiza por dentro.
A crisálida está numa tremenda atividade dinâmica, não numa atividade ruidosa por fora que é do ego. A crisálida é o símbolo do Eu sem o ego que se pergunta: Que sou eu?
Na meditação nós não sabemos nada sobre o nosso corpo… O corpo da lagarta não existe, não sabemos nada dos nossos sentidos…Não vemos, não ouvimos, não falamos, não pensamos e não queremos nada. É um estado de absoluta passividade dinâmica. Passiva por fora – ativa por dentro. Temos consciência, mas não temos palavras e nem pensamentos. Acabou-se o ego, permanece somente o Eu plenamente vivo e consciente de nós.
No silêncio da crisálida se devem formar todos os órgãos da borboleta.
No silêncio da meditação se devem desenvolver todos os órgãos do nosso espírito, da nossa alma.
O que para o inseto é a borboleta, isto para nós é a alma. A borboleta representa muito bem a espiritualidade, por que ela é leve, vive na luz, vive nas alturas, não come quase nada, apenas bebe de vez em quando uma gotinha de néctar do cálice das flores… Pousa nas flores, mas geralmente não pousa na terra. A lagarta sempre rasteja pela terra enquanto a borboleta voa pelo ares.
A transição do ego para o Eu espiritual se faz durante o período da crisálida, da meditação.
A natureza nos deu este exemplo maravilhoso da transcendência do homem ego profano, através do homem místico, rumo ao homem cósmico. A borboleta representa o homem plenamente realizado. A crisálida é o principio, a iniciação para esta realização. A lagarta não começou nem a iniciação, muito menos a autorealização.
Podemos comparar o período anterior à iniciação e anterior a autorealização, com a lagarta. Depois, na iniciação, nós viramos crisálida, desprezando todas as coisas materiais só tratando das coisas espirituais. É o período da mística isolacionista espiritualista. A crisálida se isola completamente do mundo exterior, é exatamente como o místico da caverna, da solidão… Ele não quer saber nada do mundo externo e só pensa em Deus, Eus e Deus. Come somente o necessário para não morrer. A crisálida não é o estado definitivo, por que depois da crisálida vem a borboleta que representa o homem cósmico, o homem crístico, o homem integral que nunca mais vai voltar a ser lagarta, mas que entra em contato com todas as pessoas bem como com todos os elementos da natureza. Este é o estágio final da evolução do homem.
Estágio de ovo.
Estágio de lagarta, do homem profano.
Estágio da crisálida, do homem místico, isolado não querendo saber nada do mundo externo.
Estágio de borboleta, do homem crístico, cosmificado.
A lagarta não pode se reproduzir, não pode se imortalizar, pois não tem sexo. A borboleta já possui sexo ou masculino ou feminino. A imortalidade deste inseto depende do último estágio: se a lagarta não virar borboleta, sua espécie morre. A divisão do sexos acontece dentro da crisálida.
Na natureza não existe imortalidade pessoal, individual, mas existe imortalidade racial. Todos os seres infra-humanos se imortalizam na espécie e não no individuo. Para poder ocorrer a imortalização da espécie se faz necessário a união dos sexos. Na humanidade ocorrer um processo diferente, pois o próprio individuo pode imortalizar-se. Isto é um privilégio da raça humana.
O homem não pode se imortalizar no estado de lagarta, no estado ego. O ego tem que desaparecer para que o homem possa chegar até as alturas do Eu, que é o estágio da borboleta. Se a pessoa não chega a plena consciência do seu Eu, da sua Alma, do seu Espírito, não tem como se imortalizar.
Pode ser que muitos aqui na terra não cheguem a consciência do Eu, mas podem se imortalizar mais tarde, por que a vida da evolução não termina neste espaço-tempo. Nossa individualidade humana continua mesmo depois da morte física do nosso corpo. Depois, continua a possibilidade de imortalização. Ninguém sabe quanto tempo temos para nos imortalizarmos. Talvez milhares de anos… O nosso ciclo evolutivo ninguém pode saber. O certo é que não está restrito ao curto espaço desta vida terrestre. Como dizia um dos maiores mestres: “Na casa de meu Pai celeste há muitas moradas…” Há muitos mundos… Há muitos estágios de existência!
Talvez a terra seja o primeiro estágio da nossa evolução. A gente vive comendo, comendo, comendo como se fossemos lagartas. Provavelmente, em outros mundos, seja diferente, não tendo um corpo físico como a lagarta, talvez um corpo astral, talvez um corpo etérico, talvez um corpo de uma substância muito mais refinada do que esta grosseira matéria da qual vivemos diariamente.
Pela meditação, nós podemos acelerar nosso processo de evolução. Esta é a grande novidade para nós. Não devemos pensar que necessitamos de milhares de anos para chegarmos a ser borboletas, isto é, uma entidade espiritual. Isto não é verdade! Se alguém colocar bastante esforço na sua concentração, na sua meditação ele pode abreviar a sua própria evolução rumo a espiritualidade definitiva. Isto não depende de uma ação do tempo externo – isto depende de uma ação interna por parte do individuo, uma ação voltada para a conscientização da sua realidade espiritual: Eu e o Pai somos um – o Pai está em mim e eu estou no Pai.
E alguém se conscientizar disto, com toda a sua intensidade, se focalizar a sua consciência na sua realidade espiritual, é certo que ele pode abreviar o tempo da sua evolução. Pode chegar a ser borboleta muito antes dos outros, não precisando passar por tantos anos de sofrimento através do qual tem que passar as lagartas antes de se tornarem borboletas. A borboleta vive na espiritualidade do solo do ar. Não sofre com a horizontalidade imposta à lagarta.
Podemos nos verticalizar ao invés de nos horizontalizar. Horizontal é para o ego – vertical é para o Eu. Podemos reduzir a nossa horizontalidade de lagarta e passar para a vertical da borboleta, o que torna a nossa evolução muito mais rápida.
Todos os grandes mestres da humanidade insistem fortemente na necessidade do egocidio. “Se o grão de trigo não morrer, ficará estéril, se morrer, produzirá muitos frutos”- Jesus. “Eu morro todos os dias e é por isso que eu vivo, não sou eu quem vivo é o Cristo que vive em mim” – Paulo de Tarso.
Quando a nossa lagarta ego morre para a sua vida ego e entra na realidade mística do seu eu, esse é o primeiro estágio da evolução espiritual. A lagarta morreu para dentro da crisálida, mas ela não morreu para dentro da morte, senão não teria surgido a borboleta. Ela morreu como lagarta e não como vida. A vida da lagarta foi transferida para a crisálida. Aqui não há morte, apenas a vida está em outro estado. Deixa da vida extrovertida, para uma vida introvertida.
A meditação é uma introversão espiritual. Quando a gente olha para dentro de si e não mais para o exterior, então, estamos numa vida introvertida. Isto é a crisálida. Para a lagarta, isto é uma espécie de morte. A borboleta é a vida definitiva. A borboleta pode se quantificar, mas não pode se qualificar. Uma borboleta pode dar muitas lagartas por meio dos ovos, isso é quantificar, mas ela não pode se qualificar. Ela não pode dar uma qualidade superior a sua borboleta – isso seria a imortalidade da borboleta. Na natureza, os indivíduos não se imortalizam, apenas se quantificam, não se qualificam, não podem obter uma qualidade superior.
O ser humano tem o dever de ultrapassar a sua borboleta e se imortalizar individualmente.
Todos os mestres da humanidade sabem que a nossa imortalidade depende da consciência espiritual de nosso eu. Se a pessoa não adquire esta consciência não se imortaliza.
Cada um de nós deve ver se questionar em que estágio se encontra em sua evolução e como pode ultrapassá-lo. Poucos de nós se encontram no estágio de crisálida. O grosso da humanidade se encontra no estágio de lagarta. Aqui e ali, encontramos alguns místicos que já se encontram no estágio da crisálida, de meditação. A meditação é o estado em que nos esquecemos de toda exterioridade, que é da lagarta, e entramos na interioridade, que é da crisálida. Quanto mais vezes fizermos esta interiorização de lagarta para crisálida, tanto mais aceleramos a nossa evolução rumo a definitiva borboleta. Isto é absolutamente certo! As leis da física são as leis da metafísica.
Nós podemos entrar diariamente no estado de crisálida, fechando todas as portas dos sentidos e da inteligência. Então, entramos na solidão silenciosa da crisálida e se permanecermos uma hora inteira, nesse estado, longe dos sentidos, longe da inteligência, longe dos desejos, completamente isolados na consciência espiritual, então estamos no estado de crisálida. E se ficarmos diariamente, nesse estado de crisálida, de mística isolacionista, preparamos, pouco a pouco, o nosso corpo futuro da borboleta espiritual.
O ser humano sempre imagina que depois da morte não temos corpo. Sempre teremos corpo, não o corpo físico e matéria de agora que é o mais primitivo. Corpo não é só matéria e pode ser imaterial. O corpo astral e o corpo etéreo são um corpo, mas não um corpo material. Paulo de Tarso diz que existem muitos tipos de corpos e a ciência de hoje sabe que quando a energia se congela, então temos a matéria e quando a energia se descondensa, temos a luz. Depois vem um corpo de energia pura, chamada corpo astral.
Quanto mais vezes entrarmos num estado de meditação, de crisálida, tanto mais nós transformamos o corpo matéria num corpo extramaterial. Podemos preparar exatamente agora nesta vida, o nosso corpo futuro. A crisálida prepara o corpo futuro da borboleta em grande silêncio. Depois de algumas semanas, o corpo da borboleta já está formado dentro da crisálida. Do que é que ela formou o corpo da borboleta se não foi buscar nada de fora? Ela se serviu da matéria prima do corpo da lagarta e transformou aquele mingalzinho verde, nas asas e no corpo maravilhoso da borboleta. Quer dizer que na crisálida há uma laboração, é um laboratório, onde o corpo da borboleta é preparado.
Então, a borboleta rompe com a casca da crisálida com as asas todas enroladinhas, depois ela abre as asas e começa a voar. Podemos fazer com a meditação, a elaboração do corpo da nossa futura borboleta espiritual; nós não precisamos saber como, pois as próprias leis cósmicas se encarregam disto. Só precisamos ficar na solidão, em bastante concentração durante algum tempo e depois o resto acontece naturalmente.
Muitas pessoas bem ou mal, já estão se dedicando a prática da meditação, pois já se conscientizaram que esta é uma prática necessária para a nossa evolução. Muitas delas ainda se preocupam com técnicas meditativas. Atualmente existem tantas técnicas de meditação, tantos livros, que as pessoas acabam desanimando e desistindo logo de inicio. Acabam encostando os livros e deixando a prática da meditação de lado. A única técnica que realmente funciona é esvaziar-se totalmente da consciência do seu ego e nada mais. Não fazer, não pensar, não falar e não querer nada. Somente fazer uma vacuidade total do seu adorado ego… O Ego não gosta e se revolta com esta prática. Ele quer fazer algo!
Se alguém é capaz de se esvaziar totalmente da egoconsciência, vai acontecer-lhe a coisa mais grandiosa que é a invasão da cosmoconciência, ser invadido pela Alma do Universo que é Deus.
Isto não é uma descida para o inconsciente, mas sim uma subida para o supraconsciente. Durante a meditação, entramos na supraconsciência e não na infraconsciência. Entramos no êxtase, no Samade, o terceiro céu.
Por aqui podemos ver a importância da humanidade aprender a fazer o que toda a natureza faz por meio dos seus estágios de evolução.
(Extraído de uma palestra)
“Só quando a mente está vazia existe a possibilidade de criação. Refiro-me ao vazio que resulta de uma extraordinária atividade de reflexão, quando a mente, percebendo a sua própria capacidade de criar ilusões, passa além” ( Krishnamurt)
PUBLICADO POR FATIMA DOS ANJOS. EM ECOLOGIA INTERIOR. DIVULGANDO
Fonte: http://blig.ig.com.br
Postado por Marcia Leonides Lima Loureiro
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