O Brasil e a Força do Pensamento
“Os antigos afirmavam que qualquer ideia
será manifestada exteriormente se a nossa
atenção estiver profundamente concentrada
nela. Do mesmo modo, uma vontade
intensa será seguida do resultado desejado.”
(Helena P. Blavatsky, em “The
Secret Doctrine”, Theosophy Co., vol. I, p. 293)
Parece
haver razões - mais fortes do que o mundo das aparências sugere - para
que os cidadãos brasileiros de boa vontade pensem e meditem de modo
construtivo sobre o futuro do país.
Há
evidências práticas de que é possível eliminar ou enfraquecer as fontes
da corrupção e da violência - mental, emocional e física - através do
uso consciente da força coletiva e combinada dos sentimentos
de ética e boa vontade.
O
livro e filme “Quem Somos Nós?” (“What The Bleep Do We Know?”) contam
uma experiência concreta que indica a força da meditação coletiva. O
filme - que pode ser encontrado nas locadoras - revela um fato ocorrido
no verão de 1993 em Washington, nos Estados Unidos, quando esta cidade
enfrentava altos índices de violência.
Ao
longo de várias semanas, cerca de 4.000 meditadores vindos de
diferentes regiões geográficas meditaram diariamente sobre paz social, e
fizeram isso durante longos períodos de tempo a cada dia. Autoridades
policiais acompanharam de perto a experiência. Os índices de
criminalidade caíram em 25% no mesmo período da experiência.
O
fato não foi surpresa para os organizadores do evento. Eles já haviam
promovido vários eventos semelhantes, em menor escala. A verdade é que o
poder real da visualização, inclusive em termos sociais, já foi
confirmado experimentalmente em inúmeras outras ocasiões.
O
Guru Maha Rishi, que ficou famoso nos anos 1970 ao ensinar algo de Ioga
aos Beatles, dizia que se quatro ou cinco por cento da humanidade
meditarem pela paz, não haverá mais guerras. Ele estava certo, e isso
pode ocorrer em um futuro não muito distante.
O
poder oculto da imaginação e da visualização é abordado por Helena
Blavatsky em suas obras monumentais “Isis Sem Véu” e “A Doutrina
Secreta”. A filosofia oriental dá o nome de “Kriyashakti” a esse poder
da consciência. O que você visualiza, isso mesmo tende a ocorrer: somos o que pensamos.
Esse fato é bem conhecido no seu aspecto individual. No século 21, cabe
visualizar coletivamente o bem do nosso país, e isso inclui a
necessidade de líderes políticos honestos. Essa prática meditativa pode
levar a chamada “consciência política e social” a um novo nível e a um
parâmetro mais avançado.
Uma
parcela da população pode deixar de usar a força do pensamento de modo
pouco eficaz, utilizando esta força para superar solidariamente os
desafios coletivos. Em um primeiro momento, basta que um número pequeno
de brasileiros pense corretamente as questões sociais e políticas do
país, e visualize o bem do país com amplitude e nitidez. Isso fará com
que se abram fissuras na massa de pensamentos e sentimentos negativos
que hoje parece dominar a chamada “opinião pública”. Assim o potencial
positivo do país, que é imenso, despertará.
Tanto
individual como coletivamente, o pensamento cria e dá forma à
realidade. As ideias conscientes e as imagens mentais subconscientes são
fatores dinâmicos e poderosos na constante renovação da vida ao nosso
redor.
Embora
na maior parte dos casos o cidadão não perceba as consequências
práticas de adotar esta ou aquela linha de ideias e imagens mentais, a
verdade é que o pensamento em grande parte dos casos só “lê” fatos
depois que ele mesmo os escreve. O pensamento “constata” a realidade sem
perceber que ele próprio está “formando” em boa parte esta realidade,
com a força subconsciente da imaginação. A atividade mental abre o
caminho para os acontecimentos: ela lhes dá o rumo, conforme ensinam os
primeiros versos da antiga escritura budista “Dhammapada”.
Os
tipos de pensamento coletivo que alimentamos consciente ou
inconscientemente determinam o modo como nos relacionamos com a
realidade política, social e econômica. O pensamento crítico é
indispensável, mas não é suficiente. Ele não pode substituir o
pensamento positivo nem a ação construtiva. A ação prática solidária,
combinada com o pensamento crítico e o pensamento positivo, provoca a
vitória da ética.
A
mente - seja no plano do indivíduo ou no plano de uma nação - é como
uma lente. Quando limpa e bem focada, ela produz uma boa visão da
realidade e um sentido correto de orientação.
Há
um potencial revolucionário na ideia de usar responsavelmente o poder
do pensamento em escala coletiva. Os efeitos práticos serão inevitáveis
se um número crescente de pessoas passar a visualizar com sinceridade um
Brasil eticamente correto, socialmente justo, ecologicamente
sustentável e economicamente solidário.
Carlos Cardoso Aveline
Leia também o artigo “Meditando Pelo Despertar do Brasil”, de Carlos Cardoso Aveline, que está disponível em www.FilosofiaEsoterica.com e seus websites associados.
Sobre
a missão do movimento teosófico, que envolve o despertar da humanidade
para a vivência da fraternidade universal, veja o livro “The Fire and Light of Theosophical Literature”, de Carlos Cardoso Aveline.
Nenhum comentário:
Postar um comentário